Meu vídeo da campanha eleitoral na íntegra.
Assistam
Samantha Moraes, a
escritora que relatou no livro Depois do Escorpião, o drama e a experiência de
ter sido trocada pelo marido pela prostituta Bruna Surfistinha se envolveu em
uma nova polêmica.
Desta vez, ao
invés de um programa de TV, o palco da discussão foi o twitter. Ao comentar o
seu repúdio pelo movimento Marcha das Vadias, amplamente divulgado pela mídia e
que aconteceu em algumas cidades brasileiras na última semana, entre elas São
Paulo e Rio de Janeiro, Samantha passou a receber algumas mensagens mais
calorosas de apoiadores do evento, a
qual a escritora havia criticado em mini blog pessoal.
A maior parte das
mensagens trocadas por Samantha e os simpatizantes da Marcha das Vadias
apresentava conflito entre o que seria o real interesse proposto pelos
organizadores da mobilização e suas participantes que, segundo a escritora,
“vulgarizaram a iniciativa” desfilaram seus corpos nus com frases fúteis
pintadas sobre a pele.
“É uma
espetacularização do vulgar. É uma afronta as mulheres inteligentes que lutam
por seus direitos. Não julgo o mérito do que o evento busca debater. Os temas
são sérios. Aborto, abuso sexual, liberdade de expressão, corporal, igualdade,
enfim, o que uma mulher pode conquistar quando expõe seu corpo em público de
modo tão explícito e vergonhoso? Qual é a credibilidade desta manifestação se
não representa a percepção de uma grande maioria dos indivíduos do sexo feminino?
O debate perde a validez quando o seus participantes exigem respeito para sua
causa, mas agem de maneira totalmente desrespeitosa em público. É uma
desinteligência sem tamanho”, argumenta Samantha
O bate boca no
twitter na última semana movimentou pessoas favoráveis a maneira como o evento
está sendo realizado há dois anos no Brasil e opositores que, igualmente a
opinião de Samantha, criticaram a vulgarização do corpo feminino feita durante
a marcha.
Algumas hash tags
provocadas pela escritora na discussão sobre o assunto chegaram a ter
retuitadas pelos usuários em suas timelines. #DIVANAOEVADIA
#PRATERRESPEITONAOPRECISOMOSTRAROPEITO foram as mais frases amplificadas pelos
internautas. E um determinado momento, a apresentadora do SBT, Lola Melnick,
chegou a opinar, mesmo que timidamente.
“Acho importante e
necessário. Protestar com roupa no corpo e mais útil!”, tweetou a bela loura do
canal de Silvio Santos
Samantha Moraes
promete levar mais à fundo a discussão e propõe um novo plebiscito para
discutir o real valor da ainda tímida Marcha das Vadias.
“É uma modinha que
a mídia acaba divulgando e as pessoas sem muita consciência acabam confundindo.
Mulheres nuas gritando nas ruas para chamar atenção de temas tão sérios e
complexos, podem virar notícia, mas, não retratam o desejo da maioria das
pessoas que discutem de maneira mais séria sobre as questões levantadas. A
Marcha das Vadias não tem a menor credibilidade para ser um fórum de discussão
de assuntos tão sérios e que as mulheres precisam ser fortes e inteligentes
para promover mudanças significativas e favoráveis as causas. Não acho correto
ter o adjetivo de vadia implícito ou explicito nas mobilizações femininas. Que
tal Marcha das Divas? Este sim seria um adjetivo mais reticente e que
encorajaria mais adeptas orgulhosas ao movimento” defende Samantha
A jovem escritora
pretende organizar um evento no dia 17 de junho através de apoio das redes
sociais e de seus adeptos.
“Vamos nos reunir
na Marcha das Divas. Mulheres inteligentes lutando por ideais e no salto alto.
Com classe e dignidade! Vai ser também um protesto a essa modinha de importar modelo
estrangeiro de manifestação. As causas são válidas sim. Preocupantes também.
Mas tem que ter credibilidade. Esta imagem que passamos aos países do exterior
de que a mulher brasileira é sexual e vulgar tem que acabar. Acredito que as
mulheres brasileiras gostariam de ser reconhecidas mais como Divas do que
Vadias. Estou colocando a minha cara a tapa e convoco outras mulheres com o
mesmo pensamento que o meu. Tenho fé que teremos uma boa repercussão” finalizou
A Marcha das
Vadias vem sendo realizada no Brasil há dois anos. Sua inspiração vem de uma
mobilização estudantil ocorrida na cidade de Toronto, no Canadá. Eles decidiram
protestar contra o depoimento de um policial que, em uma entrevista, afirmou
que mulheres são estupradas porque se vestem como vadias. O estudantes
repudiaram a argumentação do policial
opinando que a inversão dos valores onde a vítima, acaba sendo a culpada pelo
crime cometido contra si mesma, pela sua maneira de se vestir ou de se
expressar, acaba dando justificativas para a violência contra as mulheres. Este
ano, foi a segunda manifestação do evento no país. Em São Paulo, a Marcha das
Vadias levou mais de 500 pessoas no último 26 de maio. No Rio Janeiro, alguns
participantes mais exaltados, tentaram invadir uma igreja, exigindo uma reação
mais ostensiva da Polícia Militar
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